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Abate

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Ficção l 15:00 l Direção: Lucas Vinzon l 2019

Isabel recebe a notícia de que a fazenda de seu avô Ismael, seu lugar de afeto durante a infância, foi vendida pelos pais sem que ela soubesse. Impulsionada por suas memórias veladas, pega o carro da mãe na madrugada e dirige até a fazenda em uma tentativa de reparar o passado.

Roteiro: Lucas Vinzon

Produção: Luiza Belém e Victória Vasconcelos

Montagem: Adriana Bassi

Elenco: Isis Mendes e Isabela Alves

Direção de Fotografia: Débora Vieira

Direção de Arte: Sara Brison

Som: Gustavo Oliveira

Resenha

Por: Leonam Monteiro

A jovem Isabel descobre que a fazenda de seu avô, local de suas memórias de infância, foi vendida por seus pais. Surpreendida pela notícia repentina, pega o carro rumo ao local, no meio da noite. Não sabemos como é a sua personalidade de no presente, mas somos apresentados à Isabel no passado. 

 

O roteiro do filme desenvolve camadas, a partir das escolhas de montagem e o ritmo em que a história desenvolve-se. Nesse quesito, o filme ganha um leve ar de suspense que se sustenta na relação entre presente e passado. Não por acaso, são as memórias da personagem que a levam de volta a fazenda de seu avô. A memória de Isabel nos conduz até o passado, mas é no presente que essa relação está imbricada. A experiência vivida no passado tem impacto direto em sua derradeira atitude, no presente.

 

A direção do filme apresenta um caminho muito maduro, ao elaborar a relação entre passado, memória e presente a partir da montagem. As personagens do avô e da neta entrelaçam-se, não só por vínculos sanguíneos e afetivos, mas por uma morte. No ato de vingança, visto como forma de exorcizar o trauma vivido, e que ainda carrega consigo, Isabel concretiza a despedida do seu local de infância e de seu avô.

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