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Sem Pai, Nem Mãe

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Documentário l 19 l Direção: Thays Pantuza l 2019

Em um município recém-emancipado no interior do Estado do Rio, três jovens circulam pela cidade conquistando suas autonomias e evidenciando questões que envolvem suas próprias emancipações no território. Atravessando a cidade — e sendo atravessados por ela -, Biel, Muiteza e Mabel falam sobre afetos, (im) permanências e aspirações.

Roteiro: Thays Pantuza

Produção: Dayane Benício e Juliana Castro

Montagem: Thays Pantuza e Gabriel Berriel

Elenco: Gabriel Rozendo da Silva, Maria Izabel Caram e Gabriela Marquez

Direção de Fotografia: CheLo Serrano e Lara Queiroz

Direção de Arte: Thays Pantuza

Som: Issacar Racassi e Isabella Peres

Resenha

Por: Beatriz Brandão

Uma cidade. Três jovens. Quatro vidas em construção: a de Biel, Muiteza, Mabel e de Rio das Ostras. A cidade se revela como personagem, também, quando vemos três trajetórias que se cruzam no cenário urbano, mas que esse urbano não é somente o cenário. Ele é lugar praticado, é contexto, é história, é significado que se torna capaz em narrar e ser narrado ao mesmo tempo. É a cidade que se protagoniza, ao acomodar vidas jovens, na formação de sua identidade urbana.

Perdas, famílias, solidões, relações humanas, relação com animais, arte, partilhas democráticas, feminismos, medo, enfrentamentos, construção de carreiras, descobertas. Temas como esses são facilmente decifráveis e percorríveis em imagens que nos apresentam uma Rio das Ostras que se faz e se mostra nas vozes de Biel, Muiteza e Mabel. Cenas em que seus sons se confundem com as ruas, com um rural, com o mar, com a lenha e o concreto, percorrem o café, os cavalos e o gado. É a mesma cidade que abriga os muros que são a tela da arte de Muiteza, ou a música, na intensidade do reggae, samba e maracatu, que se apresentou à Mabel.

São 20 minutos imersos na imagética de uma Rio das Ostras que revela muito mais do que um veraneio do estado do Rio de Janeiro, e sim uma geografia que proporciona relações. Talvez a sensação do espectador seja a mesma de Muiteza quando diz que modificou a “percepção da liberdade, porque a cidade cresceu e porque eu cresci”. O curta de Thays Pantuza nos narra temporalidades do espaço e dos sujeitos, como suas vivências se unem ao mostrar que de biografias se faz uma cidade.

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