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O olho do cão

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Ficção l 20 l Direção: Samuel Lobo l 2017

É domingo no Rio de Janeiro, Buck Jones sai para um passeio.

Roteiro: Samuel Lobo

Produção: Correria Filmes

Montagem: Rodrigo de Janeiro e Samuel Lobo

Elenco: André Lemos, Edmur Abramides, Guiomar Ramos, Livia Abreu, Lorran Dias, Luciana Guedes, Rodrigo de Janeiro, Rodrigo Mello e Vitor Emanuel

Direção de Fotografia: Alexandre Kubrusly e Mariana Moraes

Som: Artur Seidel, Igor Leite

Resenha

Por: Leonam Monteiro

Em uma típica tarde de domingo, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, um grupo de amigos marcam uma reunião, após suas respectivas noites de sábado. A história e as personagens se apresentam e se desenvolvem, em uma narrativa sem grandes complexidades, assim como acreditam que seria o churrasco, regado a álcool, a maconha e a presença de Buck Jones. 

 

Em primeiro lugar, o filme toma grande parte de seu desenvolvimento para criar uma esfera de “naturalidade”, quase como um registro do “real”. O que seria interessante marcar como paralelo, pelo o que se desenrola em seu final. E, segundo lugar, pelo esforço em criar uma empatia do espectador com as personagens que são apresentadas. 

 

Toda a esfera de tranquilidade se dissipa, a partir do momento em que alguém grita no portão da casa. O grupo é surpreendido por policiais que invadem o local e enquadram os amigos. Sem que ninguém saiba o motivo - e nós também não -, os policiais começam a procurar por “drogas”. A tensão aumenta. A truculência policial sempre é uma tragédia anunciada. Ao ser indagado pelo dono da casa, acerca do motivo de toda aquela confusão, o policial afirma: "eu tô fazendo o meu trabalho. Não tem nada demais. Só uma averiguação de rotina."

 

O tom de “naturalidade”, apresentado ao longo da narrativa, se repetiria na sequência da “averiguação de rotina”, em certas partes da cidade. Somos bombardeados, cotidianamente, por imagens desse tipo de registro. O medo, a violência, a tensão, o temor pela vida, o tiro e o sangue de Buck Jones. Jovens marcados por um cotidiano de violência. Uma “naturalidade” de registro do “real”.

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